Outro dia aconteceu uma coisa engraçada demais comigo. Eu estava andando na linda Avenida Paulista, aqui em SP, quando um completo desconhecido me abraçou. Imagina se ele não me pegou de surpresa! Quase desconfiei de assalto. Depois é que fui descobrir que existe até ONG pregando que a gente precisa abraçar mais uns aos outros e que o cara estava ali defendo essa filosofia, firme e forte na decisão de pegar quem estivesse passando, fosse quem fosse, para um aperto entre os braços. Passado o medo, a vergonha, o susto, acabei achando a história tão bonita, tão bonita, que resolvi contá-la aqui. Tudo bem, não me converti “ainda” ao movimento e nem estou passando parte dos meus dias numa esquina, para provar o bom que é abraçar e ser abraçada. Mas até gostaria de fazer isso. Você mesma, que está lendo: não tá precisando de um abraço apertado? Aposto que sim!
Isso porque abraço é um negócio gostoso mesmo! Mas pensa: se deixar, a gente vai abraçando a galera de um jeito tão automático, tipo escovar os dentes, que vira apenas mais um gesto sem sentido. A gente acaba abraçando porque faz parte do protocolo, sem perceber que tá ali uma oportunidade de dar e de receber muito.
Afinal, um abraço é capaz de muitas coisas. Serve bem como um “desculpa aí” depois que a gente pisa na bola. Também faz as vezes de um lindo discurso, quando um amigo precisa de um apoio, mas a gente não sabe direito o que dizer. E, principalmente, ele vale como um bom substituto para um sonoro “eu te amo”.
Eu, até ser pega sem querer pelo abraçador biruta, tinha até me esquecido de todas as aplicações desse carinho. Mas na hora me lembrei e agora fico tentando me policiar para abraçar mais e, principalmente, abraçar de verdade.
Então, se alguém resolve me estender os braços, faço questão de prestar atenção naquela troca, abraço com todos os sentidos - ou com a alma, como alguns diriam.
E, mais que isso, também aprendi a pedir um abraço quando preciso. Essa também parece fácil, mas não é. A gente prefere arrumar briga com o namorado se está carente, quando bastaria dizer: “Me abraça”. Do mesmo jeito, acabamos dando uma de rebelde em casa, quando o que mais precisamos é de um simples carinho dos pais.
Ser abraçada é como receber um combustível novo, pra continuar com o astral lá em cima. É como perceber, sem a necessidade de palavra, que somos importantes, queridas e que temos alguém com quem contar, não importa a dificuldade que estamos enfrentando.
Ficou com vontade? Uma boa pedida é sair por aí abraçando quem você ama, pois é sempre melhor agir do que esperar que os outros adivinhem o que estamos sentindo. Marque um encontro com seus amigos virtuais, espere até que a família inteira se reúna, hoje à noite, e promova o seu movimento pelo abraço. Assim, quem sabe, eles também sintam uma vontade louca de abraçar os outros amigos deles e a gente comece uma corrente do bem. Daí, pessoas como o maluco que me abraçou na Paulista não precisarão mais existir. Porque a importância do abraço nunca mais será esquecida. E o mundo, certamente, vai ser um lugar melhor para se viver, quando esse dia chegar.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Sofrer é bom?
Experimenta dizer pra uma amiga sua que você está péssima, que tudo deu errado e que anda precisando de um ombro. Aposto ela vai sentar e chorar as pitangas com você. Se o seu problema for um ex, capaz até de ela começar a contar do último namorado dela, como se quisesse convencer você de que podia ser pior. Por outro lado, se disser à sua amiga – qualquer uma delas – que está feliz, radiante, que gosta da sua vida exatamente como ela é, pode ser que ela estranhe e ache que você anda meio maluca. Isso porque, infelizmente, quem vive na boa e deixa isso transparecer, hoje em dia, é uma minoria. Duvida? Faça o sacrifício de assistir a um telejornal inteirinho. Entre dezenas de histórias pra lá de trágicas, de assassinatos, roubos, mortes, furacões e tempestades, talvez sobre uma ou duas de gente que fez coisas legais ou que se deu bem. Dizem que o sofrimento dá mais ibope. E não é que é verdade? Pensa bem: você olha com o mesmo interesse para uma batida daquelas no trânsito e para uma borboleta que, do nada, resolve pousar no vidro do seu carro? Pois é. O problema é que, de tanto olhar sofrimento, catástrofes, violência, periga a gente esquecer que a vida também é feita de poesia.
E mais: de tanto cultivar a dor, ela acaba meio que perdendo o sentido. Tipo: a gente chora vendo as vítimas de um tal desastre natural na TV. Mas não se emociona quando passa perto de um mendigo, que vive na esquina da nossa casa. Faz sentido isso?
O sentimento de compaixão, que nos faz dizer “nossa, coitado do fulano”, não é de todo ruim. A gente só sente dó dos outros porque consegue se imaginar no lugar deles. O que eu acho chato nessa lamentação toda é o que vem depois. E o que vem depois? Nada! Parece papo de doido? Eu explico: na maioria das vezes, apesar de chorarmos lágrimas de crocodilo pelo sofrimento dos outros, quase nunca transformamos isso em algo produtivo, não pensamos em maneiras de aliviar aquela dor do outro. Sentimos pena. E só.
Até quando a dor é nossa, a gente faz de tudo pra fugir, demora horrores pra termos coragem de enfrentar o problema que está nos fazendo ficar cada dia pior. Tenho um exemplo bom: o do fora. Quem nunca levou uma dispensada e, no dia seguinte, passou horas trancada no quarto, ouvindo música lenta e lembrando as últimas palavras do pretê? É como se fosse uma tortura que aplicamos a nós mesmas!
Agora, imagine se a gente pudesse fazer diferente – e a gente pode! Então, quando uma amiga viesse reclamar da vida, tentaríamos animá-la, em vez de contar casos ainda mais dramáticos. Ao ver que alguém – qualquer pessoa – está em sofrimento, faríamos o possível para ajudá-la, mesmo que a nossa contribuição seja minúscula (em muitos casos, um sorriso ou um abraço salvam o dia de quem acordou achando que a vida não fazia mais sentido). Ah, e quando a dor fosse nossa, o primeiro desafio seria descobrir onde foi que nos machucaram, para resolver de imediato a questão.
Logo, se sofrer é inevitável, aliviar a dor – a nossa e a dos outros - é sempre a melhor saída. Então, que tal tentar fazer isso mais vezes?
E mais: de tanto cultivar a dor, ela acaba meio que perdendo o sentido. Tipo: a gente chora vendo as vítimas de um tal desastre natural na TV. Mas não se emociona quando passa perto de um mendigo, que vive na esquina da nossa casa. Faz sentido isso?
O sentimento de compaixão, que nos faz dizer “nossa, coitado do fulano”, não é de todo ruim. A gente só sente dó dos outros porque consegue se imaginar no lugar deles. O que eu acho chato nessa lamentação toda é o que vem depois. E o que vem depois? Nada! Parece papo de doido? Eu explico: na maioria das vezes, apesar de chorarmos lágrimas de crocodilo pelo sofrimento dos outros, quase nunca transformamos isso em algo produtivo, não pensamos em maneiras de aliviar aquela dor do outro. Sentimos pena. E só.
Até quando a dor é nossa, a gente faz de tudo pra fugir, demora horrores pra termos coragem de enfrentar o problema que está nos fazendo ficar cada dia pior. Tenho um exemplo bom: o do fora. Quem nunca levou uma dispensada e, no dia seguinte, passou horas trancada no quarto, ouvindo música lenta e lembrando as últimas palavras do pretê? É como se fosse uma tortura que aplicamos a nós mesmas!
Agora, imagine se a gente pudesse fazer diferente – e a gente pode! Então, quando uma amiga viesse reclamar da vida, tentaríamos animá-la, em vez de contar casos ainda mais dramáticos. Ao ver que alguém – qualquer pessoa – está em sofrimento, faríamos o possível para ajudá-la, mesmo que a nossa contribuição seja minúscula (em muitos casos, um sorriso ou um abraço salvam o dia de quem acordou achando que a vida não fazia mais sentido). Ah, e quando a dor fosse nossa, o primeiro desafio seria descobrir onde foi que nos machucaram, para resolver de imediato a questão.
Logo, se sofrer é inevitável, aliviar a dor – a nossa e a dos outros - é sempre a melhor saída. Então, que tal tentar fazer isso mais vezes?
domingo, 21 de março de 2010
Menos, menos...
Rever as nossas expectativas pode ser uma boa maneira de evitar muita tristeza e frustração. Pára pra pensar: às vezes, sem perceber, criamos metas irreais para a nossa vida e corremos atrás delas que nem maratonista em final de prova. O resultado? Cruzamos a linha de chegada beeem distantes da posição desejada, cansadas e, pior, achando que nunca seremos capazes de realizar nossos sonhos. É isso aí: exigir demais de nós mesmas é um jeito rápido e fácil de detonar com a nossa autoestima.
Funciona assim: a gente decide emagrecer trocentos quilos em uma semana. E começamos na segunda um regimão do tipo uma ervilha no almoço e outra no jantar. Mas, claro, terminamos o domingo devorando uma porção de coisas gordurosas e doces, com aquela fome de leão de quem passou dias sem comer direito. Aí nos chateamos porque, mais uma vez, a estratégia de eliminar os quilinhos que estão sobrando falhou. E nos sentimos péssimas.
Ou, então, a gente dá de querer ser a garota mais popular da turma do dia para a noite, porque não basta ser só querida pelos amigos. E, então, basta outra fulana se sobressair mais em determinada situação e começamos a nos achar um lixo.
Tem também aquela história de começar a sair com o garoto e já fantasiar o dia em que ele vai dizer “eu te amo”. Daí ele não diz, cai fora porque se sentiu pressionado e o que sobra é só desilusão. Como esses, tem muitos outros momentos em que, por querer demais - e para ontem! - acabamos sem nada.
Essas situações, chatas no início, podem nos oferecer lições que levaremos por toda a vida. Não é o caso de aprender a se contentar com pouco, mas sim de estabelecer objetivos possíveis e, alcançando-os, partir para outros mais difíceis.
Voltando ao regime. Imagine que você combine consigo mesma de eliminar um ou dois quilos por mês, numa dieta balanceada, com o acompanhamento de um médico ou nutricionista. Vai demorar mais pra desfilar o corpão que deseja, claro. Mas, a cada pequena conquista, vai se animar a continuar abrindo mão das guloseimas e persistir se tornará cada vez mais fácil. No fim, os resultados virão. E você poderá, aos poucos, ganhar confiança para investir em projetos mais ambiciosos, como secar de vez a barriguinha.
Agora, antes que você comece a esperar demais de mim também, vou logo tirando o corpo fora: infelizmente não tenho a receita de como cobrar da vida exatamente o que ela pode nos dar, nem mais, nem menos. Imagino que é só na tentativa e erro que aprenderemos – eu, você e o resto do mundo – a fazer apostas grandiosas mas, ao mesmo tempo, possíveis de se alcançar. Até podemos dar um passo maior que a perna de vez em quando. Mas o importante é aprender com o erro e reavaliar nossas metas numa próxima vez.
No fim das contas, o que tenho pra dizer é: sonhe, pequenos, médios e grandes sonhos. Só não caia na besteira de esperar que tudo saia exatamente como quer e também não exija demais de você nem dos outros. Vá com calma. Assim, poderá comemorar cada pequena vitória. E chegará cada vez mais longe.
Faz aí o teste e depois passa me conta no que deu.
Funciona assim: a gente decide emagrecer trocentos quilos em uma semana. E começamos na segunda um regimão do tipo uma ervilha no almoço e outra no jantar. Mas, claro, terminamos o domingo devorando uma porção de coisas gordurosas e doces, com aquela fome de leão de quem passou dias sem comer direito. Aí nos chateamos porque, mais uma vez, a estratégia de eliminar os quilinhos que estão sobrando falhou. E nos sentimos péssimas.
Ou, então, a gente dá de querer ser a garota mais popular da turma do dia para a noite, porque não basta ser só querida pelos amigos. E, então, basta outra fulana se sobressair mais em determinada situação e começamos a nos achar um lixo.
Tem também aquela história de começar a sair com o garoto e já fantasiar o dia em que ele vai dizer “eu te amo”. Daí ele não diz, cai fora porque se sentiu pressionado e o que sobra é só desilusão. Como esses, tem muitos outros momentos em que, por querer demais - e para ontem! - acabamos sem nada.
Essas situações, chatas no início, podem nos oferecer lições que levaremos por toda a vida. Não é o caso de aprender a se contentar com pouco, mas sim de estabelecer objetivos possíveis e, alcançando-os, partir para outros mais difíceis.
Voltando ao regime. Imagine que você combine consigo mesma de eliminar um ou dois quilos por mês, numa dieta balanceada, com o acompanhamento de um médico ou nutricionista. Vai demorar mais pra desfilar o corpão que deseja, claro. Mas, a cada pequena conquista, vai se animar a continuar abrindo mão das guloseimas e persistir se tornará cada vez mais fácil. No fim, os resultados virão. E você poderá, aos poucos, ganhar confiança para investir em projetos mais ambiciosos, como secar de vez a barriguinha.
Agora, antes que você comece a esperar demais de mim também, vou logo tirando o corpo fora: infelizmente não tenho a receita de como cobrar da vida exatamente o que ela pode nos dar, nem mais, nem menos. Imagino que é só na tentativa e erro que aprenderemos – eu, você e o resto do mundo – a fazer apostas grandiosas mas, ao mesmo tempo, possíveis de se alcançar. Até podemos dar um passo maior que a perna de vez em quando. Mas o importante é aprender com o erro e reavaliar nossas metas numa próxima vez.
No fim das contas, o que tenho pra dizer é: sonhe, pequenos, médios e grandes sonhos. Só não caia na besteira de esperar que tudo saia exatamente como quer e também não exija demais de você nem dos outros. Vá com calma. Assim, poderá comemorar cada pequena vitória. E chegará cada vez mais longe.
Faz aí o teste e depois passa me conta no que deu.
Eu minto, tu mentes... e todos saem ganhando!
Tá achando estranho esse título aí em cima? Pois aposto que, até o final desse texto, você também vai aderir à minha campanha (ou não!). É claro que não sou louca de sair por aí dizendo que dá pra inventar história a torto e a direito, com o objetivo de enganar as pessoas e, assim, se sair bem de todas as situações. A mentira não é, nem nunca vai ser, a maravilha das maravilhas. Porém, quando bem usada, é como remédio caseiro de vó: mal não faz!
Eu tenho certeza de que você já passou por uma situação saia-justa, em que uma mentirinha caiu como uma luva. Tipo: sua amiga pergunta se você curtiu o novo corte dela que, na realidade, ficou um horror! Pensa: vai adiantar dizer pra ela o que você realmente acha, assim, com toda a sinceridade do mundo? Não, já que o cabelo não vai crescer de novo tão rapidinho, de modo que a besteira seja consertada. Numa situação dessas, não é melhor dar uma enroladinha básica, omitir, que é menos feio que mentir? Dizer que ficou lindo é pura falsidade, nem precisa tanto. Mas algo como “ficou diferente, acho que preciso de um tempo para me acostumar” cai muito bem. E a autoestima da sua amiga continuará intacta.
É a mesma coisa quando o namorado de uma amiga aparece na sua frente com outra. Vixi, sobrou pra você: contar e correr o risco de perder a amizade dos dois ou não contar e correr o risco de perder a amizade dela, se vier a descobrir a pulada de cerca do mau caráter? Dependendo do tipo de relação do casal e da sua proximidade com a traída, fingir que não viu pode ser, sim, a melhor solução.
Até mentir, mentir mesmo, na cara dura, pode ser uma opção, em alguns casos, melhor do que falar a verdade. Sabe quando a sua tia, toda fofa, pergunta se você gostou de um presente-mico que ela te deu no Natal? Não é mais fácil dizer que sim e trocar na loja assim que ela virar as costas?
Agora, tem uma coisa: às vezes, a verdade, por mais doída que seja, é o melhor remédio. Não dá pra mentir quando o seu namorado pergunta se você o ama – se não estiver realmente envolvida, melhor respirar fundo e não entrar numas de iludir o fofo. Da mesma forma, se os pais perguntam o porquê de uma nota baixa, é totalmente do mal jogar a culpa na professora, no seu irmãozinho chato, no raio que o parta, só para justificar a falta de vontade de pegar nos livros. Taí uma situação em que eu acho que não é legal mentir: quando queremos nos safar da responsabilidade de algo que fizemos e que depois nos provocou um certo arrependimento. Nessas horas, a mentira só serve para complicar ainda mais as coisas. Afinal, que ela tem perna curta, isso tem!
Então, tirando esses casos mais sérios, em muitas situações do dia-a-dia eu desconfio de gente que defende a sinceridade a qualquer preço. Pra mim, nada na vida tem que ser oito ou oitenta, acredito muito mais na sensibilidade de cada um pra determinar quando é hora de falar realmente o que se pensa e quando é o momento de calar.
Tenho ainda outra regra, que uso antes das decisões mais difíceis: penso no quanto aquilo que eu vou dizer vai realmente ser útil, ajudando o outro a melhorar. Em grande parte das vezes, chego à conclusão de que soltar o verbo será apenas uma maneira de me sentir superior, colocando o outro lá embaixo. Aí, nessas situações, prefiro mesmo dizer uma mentira, sem culpa nem vergonha.
Eu tenho certeza de que você já passou por uma situação saia-justa, em que uma mentirinha caiu como uma luva. Tipo: sua amiga pergunta se você curtiu o novo corte dela que, na realidade, ficou um horror! Pensa: vai adiantar dizer pra ela o que você realmente acha, assim, com toda a sinceridade do mundo? Não, já que o cabelo não vai crescer de novo tão rapidinho, de modo que a besteira seja consertada. Numa situação dessas, não é melhor dar uma enroladinha básica, omitir, que é menos feio que mentir? Dizer que ficou lindo é pura falsidade, nem precisa tanto. Mas algo como “ficou diferente, acho que preciso de um tempo para me acostumar” cai muito bem. E a autoestima da sua amiga continuará intacta.
É a mesma coisa quando o namorado de uma amiga aparece na sua frente com outra. Vixi, sobrou pra você: contar e correr o risco de perder a amizade dos dois ou não contar e correr o risco de perder a amizade dela, se vier a descobrir a pulada de cerca do mau caráter? Dependendo do tipo de relação do casal e da sua proximidade com a traída, fingir que não viu pode ser, sim, a melhor solução.
Até mentir, mentir mesmo, na cara dura, pode ser uma opção, em alguns casos, melhor do que falar a verdade. Sabe quando a sua tia, toda fofa, pergunta se você gostou de um presente-mico que ela te deu no Natal? Não é mais fácil dizer que sim e trocar na loja assim que ela virar as costas?
Agora, tem uma coisa: às vezes, a verdade, por mais doída que seja, é o melhor remédio. Não dá pra mentir quando o seu namorado pergunta se você o ama – se não estiver realmente envolvida, melhor respirar fundo e não entrar numas de iludir o fofo. Da mesma forma, se os pais perguntam o porquê de uma nota baixa, é totalmente do mal jogar a culpa na professora, no seu irmãozinho chato, no raio que o parta, só para justificar a falta de vontade de pegar nos livros. Taí uma situação em que eu acho que não é legal mentir: quando queremos nos safar da responsabilidade de algo que fizemos e que depois nos provocou um certo arrependimento. Nessas horas, a mentira só serve para complicar ainda mais as coisas. Afinal, que ela tem perna curta, isso tem!
Então, tirando esses casos mais sérios, em muitas situações do dia-a-dia eu desconfio de gente que defende a sinceridade a qualquer preço. Pra mim, nada na vida tem que ser oito ou oitenta, acredito muito mais na sensibilidade de cada um pra determinar quando é hora de falar realmente o que se pensa e quando é o momento de calar.
Tenho ainda outra regra, que uso antes das decisões mais difíceis: penso no quanto aquilo que eu vou dizer vai realmente ser útil, ajudando o outro a melhorar. Em grande parte das vezes, chego à conclusão de que soltar o verbo será apenas uma maneira de me sentir superior, colocando o outro lá embaixo. Aí, nessas situações, prefiro mesmo dizer uma mentira, sem culpa nem vergonha.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Tudo novo de novo
Que tal aproveitar que é janeiro pra mudar umas coisas na vida, na rotina, investir numa faxina por dentro? Nem precisa tanto esforço para chegar lá. Comece fazendo as atividades do dia a dia de um jeito diferente. Tipo: se você sempre escreveu com a mão direita, use a esquerda só pra ver como se sai. Faça a pé um trajeto que normalmente realiza de carro. Se come todas as vezes o mesmo sabor de sorvete, experimente um que seja bem exótico, aquele que você até desconfia que seja bom, mas que nunca teve coragem de provar. Com o tempo, pode até transformar esse exercício num hábito. Quem sabe você não se apaixona, finalmente, por um garoto que não é exatamente como os últimos que você conheceu – e que não souberam lhe dar o valor que merece? Afinal, é só olhando para meninos diferentes que histórias com finais diferentes – e mais felizes! - poderão pintar. Quando ficamos no piloto automático, fazendo sempre as mesmas escolhas para não correr riscos, a vida perde um pouco a graça. E pior: a gente até esquece o que gosta e o que não gosta.
É bom estar no conforto, acomodada no que já é conhecido. Mas quem garante que o novo não é ainda melhor, mais gostoso e divertido? E isso só experimentando pra saber.
As novidades fazem a gente despertar, nos deixam mais atentas à vida, às boas oportunidades. O batido cansa, provoca estagnação.
Agora, para deixar o novo entrar, é preciso livrar-se do velho que não nos faz bem. Ou que está ali só ocupando espaço e a gente nem sabe porque. Já reparou que algumas manias nós mesmas criamos e arrastamos durante um tempão, simplesmente porque nunca paramos pra pensar sobre elas? Chegamos a manter por anos o relacionamento com amigos e ficantes que, se olharmos bem, não têm mais nada a ver e nem nos fazem felizes. Mas e o medo de conhecer gente nova, de construir outros relacionamentos? Preferimos ficar ali, literalmente paradas no tempo, a dar um passo em direção ao desconhecido. Como se do lado de lá grandes perigos estivessem escondidos. Porém, o risco maior mesmo não é gastar a vida com tanta repetição, agindo todo os dias exatamente da mesma forma?
Você certamente já ouviu aquele papo de que colhemos o que plantamos. E faz sentido. Daí, se nos últimos tempos as coisas não têm saído como você gostaria, é sinal de que talvez precise de novas sementes. Ou de um novo olhar sobre a vida, pensamentos e atitudes renovadas. Pense bem em todo o entulho que acumulou: mágoas, tristezas, frustrações, jogue tudo fora. Ou pelo menos tente não pensar tanto nelas. Faça uma limpeza geral nos seus sentimentos. Assim, vai sobrar espaço para o entusiasmo, as realizações, a verdadeira alegria. Tente. Comece hoje a fazer diferente. Nas pequenas e nas grandes coisas. Vai ver como esse ano será especial, basta que todas as mudanças que você deseja comecem dentro de você.
É bom estar no conforto, acomodada no que já é conhecido. Mas quem garante que o novo não é ainda melhor, mais gostoso e divertido? E isso só experimentando pra saber.
As novidades fazem a gente despertar, nos deixam mais atentas à vida, às boas oportunidades. O batido cansa, provoca estagnação.
Agora, para deixar o novo entrar, é preciso livrar-se do velho que não nos faz bem. Ou que está ali só ocupando espaço e a gente nem sabe porque. Já reparou que algumas manias nós mesmas criamos e arrastamos durante um tempão, simplesmente porque nunca paramos pra pensar sobre elas? Chegamos a manter por anos o relacionamento com amigos e ficantes que, se olharmos bem, não têm mais nada a ver e nem nos fazem felizes. Mas e o medo de conhecer gente nova, de construir outros relacionamentos? Preferimos ficar ali, literalmente paradas no tempo, a dar um passo em direção ao desconhecido. Como se do lado de lá grandes perigos estivessem escondidos. Porém, o risco maior mesmo não é gastar a vida com tanta repetição, agindo todo os dias exatamente da mesma forma?
Você certamente já ouviu aquele papo de que colhemos o que plantamos. E faz sentido. Daí, se nos últimos tempos as coisas não têm saído como você gostaria, é sinal de que talvez precise de novas sementes. Ou de um novo olhar sobre a vida, pensamentos e atitudes renovadas. Pense bem em todo o entulho que acumulou: mágoas, tristezas, frustrações, jogue tudo fora. Ou pelo menos tente não pensar tanto nelas. Faça uma limpeza geral nos seus sentimentos. Assim, vai sobrar espaço para o entusiasmo, as realizações, a verdadeira alegria. Tente. Comece hoje a fazer diferente. Nas pequenas e nas grandes coisas. Vai ver como esse ano será especial, basta que todas as mudanças que você deseja comecem dentro de você.
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