terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Por que brigamos tanto?

Você já parou pra pensar sobre isso? Com as amigas, com o namorado, com os pais, por que será que é tão difícil chegar a um senso comum, compartilhar opiniões, entrar em sintonia? Eu tenho lá meus palpites – como sempre! Acho que é porque nós somos diferentes mesmo, por natureza. Cada um de nós tem o seu jeito de olhar o mundo, de ver a si mesmo e aos outros. Mas o problema todo não é esse. Nossa maior dificuldade é aceitar esses pensamentos que não batem, a gente simplesmente não consegue fazer isso, já reparou? Basta a sua mãe achar que você não deve ir àquele show e a primeira reação, antes mesmo de ouvir o argumento dela, é rebater, tentando explicar porque a balada é do tipo tem-que-ir. Se for o pretê, a gente até alivia na discussão, mas, no fundo, gostaria de fazer ele mudar muitas das opiniões que tem. Com as amigas, nem se fale, qualquer bobagem é motivo pra conflito.
Mas e se, por outro lado, a gente desistisse de fazer os outros pensarem exatamente como nós pensamos e tentássemos aprender com o ponto de vista deles? Isso significa estar mais aberta para o diálogo e a negociação e sair daquela posição defensiva, que é a que nos deixa mais vulnerável à agressão.
Penso nisso porque, durante muito tempo, fui dessas pessoas que se orgulha de dizer que “não leva desaforo pra casa”. Bastava receber uma palavra atravessada e eu respondia à altura, sem pensar duas vezes. Porém, mesmo vencendo esses embates – e humilhando o adversário – eu sempre saía perdedora das discussões e brigas em que me metia. Entre a raiva e a culpa que carregava comigo, só conseguia arruinar o meu dia. Aos poucos, fui tentando controlar meus impulsos e hoje escuto algumas bobagens caladas, certa de que não vale a pena se desgastar tanto por tão pouco. Verdade! Se você analisar, vai lembrar de brigas feias - e que a fizeram sofrer muito - que começaram por um motivo bobo, mesquinho, totalmente sem importância...
Ainda existem situações em que eu parto para a discussão mesmo, afinal, não tenho sangue de barata. Mas até nesses momentos tento tomar cuidado com o que digo e com a minha forma de agir, para não me arrepender depois.
Então, se você anda brigando até com a sombra – além de cuidar da TPM! – que tal exercitar a sua capacidade de aceitar o diferente? É simples! Se a sua amiga odeia Simple Plan, pra que perder tempo tentando fazê-la acreditar que o som deles é bem melhor do que o da banda de rock pesado que ela curte? Não sofremos por pensar diferente, mas por querer convencer o mundo de que o nosso modo de pensar é o mais correto.
Daqui pra frente, quando pintar aquela vontade louca de soltar os cachorros em cima de alguém, respire fundo e tente entender o lado dele. Se não der certo, faça um esforço sincero para encontrar, em conjunto, um caminho do meio. Mas, sempre que possível, não entre numas de discutir. Um papo aberto, com respeito e sem baixarias, esse sim facilita e fortalece qualquer relacionamento.

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