Putz! Tem coisa mais legal do que ficar um mês inteiro de bobeira, sem ter que pensar em provas, trabalhos, lições? Melhor ainda porque o tempo – finalmente! – esquenta em janeiro e dá aquela vontade de curtir com os amigos, de passear, de se divertir. Parece que, pelo menos por alguns dias, a gente desacelera um pouquinho, deixa a deprê de lado, meio que desiste de consertar tudo e todos. E simplesmente se joga numa rede, ou numa piscina. O resto que se dane!
Se bobear, fazemos até mais amigos, damos um tempinho nas brigas com os pais e os irmãos. E tudo isso por que? São as férias que fazem essa mágica dentro da gente! Então, já que os dias livres são mesmo o tudo-de-bom da nossa vida, resolvi fazer essa campanha: todo adolescente tem direito a ter férias o ano todo. Concorda? É claro que não falo de um ano inteiro sem escola, sem compromissos, sem horários. Mas tenho outra idéia, essa perfeitamente possível de ser colocada em prática em todos os 365 dias do ano: que tal tentar esticar esse climão de férias até o Natal? E por que não?
Vou dizer pra você o que penso. Grande parte das pressões e das preocupações vêm de fora para dentro e têm a ver com as nossas obrigações do dia-a-dia. Afinal de contas, a gente não tem como entregar aquele trabalho na data que a gente quer, tem que ser quando a professora manda. Da mesma forma, em casa, temos as nossas responsabilidades e é quase um milagre quando conseguimos sair ganhando nas nossas negociações. Tudo bem. Mas quando falo em manter aquele espírito relax das férias penso em evitar – ou pelo menos dar menos atenção – as cobranças e encanações que a gente mesmo cria e que nos impedem de curtir essa fase tão boa que é a adolescência. Nas férias você não se dá o direito de “deixar pra lá” um montão de coisas chatas? Não olha para as paisagens procurando sempre as coisas boas? Não vê as pessoas novas como possíveis amigos? Não se diverte mais, enfim? Pois bem, eu acho que, mesmo nos outros meses do ano, dá para exercitar esse olhar curioso e que busca sempre algo de positivo lá fora e também dentro da gente. Dá pra viver sem tanta correria, sem tanto stress, isso às vezes vira um hábito. Tipo: a gente tá tão acostumada a acordar atrasada e a tomar o café da manhã correndo que faz isso até em pleno sábado. Mas não poderia pegar mais leve, se organizando para fazer tudo com calma e aproveitando melhor cada momento?
Se nos esforçarmos um pouquinho, também conseguiremos olhar para as pessoas, os lugares, as situações, como se fosse a primeira vez, procurando algo de bacana neles, como fazemos nos dias de férias. É assim que a vida fica mais gostosa, quando aprendemos a curtir com aquilo que ela nos oferece. E ponto. Podia ser melhor? Sim, podia. Mas e daí? Quem tá de férias não perde tempo amarrando um bico daqueles. Ao contrário, começa logo a pensar na próxima oportunidade de se divertir. Não é assim?
Então, aproveite as férias ao máximo, mas tente agir de um jeito mais tranqüilo e alegre nos outros dias do ano também. Porque as obrigações e as preocupações que invadem a nossa cabeça logo em fevereiro fazem parte da vida. Mas quem as transforma num monstro capaz de devorar a nossa felicidade por completo somos nós mesmas. Por isso, quando o bicho estiver pegando, uma dica: diga a si mesma que está de férias e dê um tempo no pessimismo, no stress, no mau humor, nas cobranças que faz a si mesma e aos outros. Pense bem: sempre tem um jeito de passar por uma situação difícil – por pior que ela seja – sem sofrer tanto. A escolha é sua. E minha. Será que a gente consegue?
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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